sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Caça-Moedas em Alvares

Apesar da lista telefónica da região designar existir um posto público na nossa povoação, objectivamente, o aludido não faculta condições para isso - além do mais por encontrar-se em estabelecimento tão-só aberto em escassos períodos diários.
Assim, quem pretenda utilizar telefone (em Alvares, os telemóveis são de complexo usança, dado apenas haver captação em determinados locais, também pelas constantes quedas de rede) terá de fazê-lo no aparelho sito nas instalações que a Junta de Freguesia colocou ao serviço da população aquando do fecho da estação de correio.
No entanto (em contraste com o similar que havia no posto encerrado), o referido não dispõe de contador de tempo, através do qual seja estipulada a quantia correspondente, de onde, para conseguir ligação, o utente ficar coagido a inserir moedas. Porém, jamais recebe demasia, mesmo que o valor colocado supere (bastante) o custo do telefonema efectuado.
Daí tornar-se óbvio algo a necessitar mudança, tal como a substituição daquele bizarro objecto por outro congénere incorporado com dispositivo registador de impulsos, a fim do utilizador pagar, efectiva e unicamente, o serviço usufruído.
Pelos taludos lucros patenteados, os CTT (ou Correios de Portugal, S.A.) não precisam das "migalhas" procedentes da voracidade de tão doloso protótipo caçador de moedas...
M.B.D.
in Jornal de Arganil, de 4/10/2007

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