Os equívocos políticos
Ultimamente temos assistido a vários equívocos políticos, tanto a nível local, como regional e até nacional. O que acontece, podia muito bem ser evitado se, quando são formadas as listas dos candidatos, houvesse uma maior identificação ideológica, o mais fiel possível, em vez de se ter em conta as zangas pessoais, os compadrios ou os interesses pouco transparentes.
A competência devia ser o factor principal para se ocupar lugares públicos. Infelizmente nem sempre assim tem sido. Por vezes, misturam-se “alhos com bugalhos” e quando é preciso tomar decisões ou posições políticas importantes, a confusão é geral.
Sem disciplina de voto, alguns eleitos, por vezes, são vistos a tomarem posições públicas contra a lista ou o partido pelo qual foram eleitos, atraiçoando assim o voto e a ideologia de quem neles votou.
Estas misturas não só enfraquecem o poder, mas também a oposição minando as ideologias e desvalorizando a democracia.
É justo que cada um tenha a sua opinião; a democracia é isso mesmo. Porém, ninguém está disposto a dar o seu voto a quem o não respeita; votando mais tarde em posições contrárias.
O que se tem visto, não dignifica nada os partidos, estejam eles no poder ou na oposição, nem a própria democracia, apenas é fruto de quem quer misturar o que não devia ser misturável. O que devia ser era: “cada macaco no seu galho” para que não seja vendido “gato por lebre”. Ou então, chegamos à triste conclusão de que não vale a pena votar, porque o nosso voto pouco vale, o que vale são os “cozinhados” que são feitos nos bastidores, muitas vezes à margem dos próprios partidos, ofendendo assim as mais elementares regras da democracia.
Se calhar por causa disso é que muitos ficam em casa no dia das eleições.
A democracia tem regras que devem ser respeitadas. Não basta dizer que é democrata, é preciso que a prática política o prove.
Ou então passamos a ser um país de democratas de “aviário”.
O que se espera é que as próximas listas de candidatos sejam organizadas com maior cuidado, para que não se volte a assistir a estes tristes espectáculos.
Como dizia Jean Cocteau: “O tacto na audácia é sabermos até onde podemos ir”.
Rodrigues Neto
in O Varzeense, de 28/02/2007
A competência devia ser o factor principal para se ocupar lugares públicos. Infelizmente nem sempre assim tem sido. Por vezes, misturam-se “alhos com bugalhos” e quando é preciso tomar decisões ou posições políticas importantes, a confusão é geral.
Sem disciplina de voto, alguns eleitos, por vezes, são vistos a tomarem posições públicas contra a lista ou o partido pelo qual foram eleitos, atraiçoando assim o voto e a ideologia de quem neles votou.
Estas misturas não só enfraquecem o poder, mas também a oposição minando as ideologias e desvalorizando a democracia.
É justo que cada um tenha a sua opinião; a democracia é isso mesmo. Porém, ninguém está disposto a dar o seu voto a quem o não respeita; votando mais tarde em posições contrárias.
O que se tem visto, não dignifica nada os partidos, estejam eles no poder ou na oposição, nem a própria democracia, apenas é fruto de quem quer misturar o que não devia ser misturável. O que devia ser era: “cada macaco no seu galho” para que não seja vendido “gato por lebre”. Ou então, chegamos à triste conclusão de que não vale a pena votar, porque o nosso voto pouco vale, o que vale são os “cozinhados” que são feitos nos bastidores, muitas vezes à margem dos próprios partidos, ofendendo assim as mais elementares regras da democracia.
Se calhar por causa disso é que muitos ficam em casa no dia das eleições.
A democracia tem regras que devem ser respeitadas. Não basta dizer que é democrata, é preciso que a prática política o prove.
Ou então passamos a ser um país de democratas de “aviário”.
O que se espera é que as próximas listas de candidatos sejam organizadas com maior cuidado, para que não se volte a assistir a estes tristes espectáculos.
Como dizia Jean Cocteau: “O tacto na audácia é sabermos até onde podemos ir”.
Rodrigues Neto
in O Varzeense, de 28/02/2007
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