Freguesia de Vila Nova do Ceira
Situada no extremo noroeste do concelho, na margem esquerda do rio Ceira, afluente da margem esquerda do rio Mondego, dista cinco quilómetros da vila de Góis.
É distribuída por: Várzea Grande, Várzea Pequena, Inviando, Murtinheira, Monteira, Sacões, Carapinhal, Juncal, Telhada, Campelo, Passô, Linteiro, Casal da Ribeira, Terras, Picarotos, Covas do Barro, Chão dos Santos, Cabril, Topa, Chapinheira, Cerejal, Formiga, Vergada, Bolsas, Cruzinhas, Oliveirinhas, Vale de Oleiros, Val de Egas, Caracol, Rojão, Fonte de Soito, Santo Velho e Farroiba.
Sobre o passado remoto de Vila Nova do Ceira, nomeadamente os seus primeiros séculos - como acontece, de resto com todas as freguesias do concelho de Góis -, devido à própria situação num território que carece talvez em absoluto de documentação anterior à nacionalidade ou ao século XII, nada se pode afirmar com rigor histórico. De acordo com a "Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira", apenas "a toponímia poderia dar alguma elucidação sobre a antiguidade de povoamento local, mas acresce àquela circunstância negativa a não menos negativa do topo-onomástico local, apesar de abundante e de se tratar de localidade populosa.
No entanto, há algumas espécies toponímicas que, sem se poderem afirmar, positivamente, anteriores à nacionalidade, lançam a possibilidade de certo povoamento pré-nacional que só um documento negativo, que não deve existir, pode invalidar."
Assim o nome de lugar Inviando, que é precisamente a forma romance do nome pessoal medievo, muito usado antes do século XII, "Invenandu(s)". Sacões e Rojão poderão ter origem gernâmica, muito anterior à nacionalidade. Telhada deverá ter sentido arqueológico, aludindo a um arcaico forno de telha ou local onde apareciam telhas; Vale de Oleiros contém no seu segundo termo a possibilidade manifesta desse facto. Cabril, topónimo referente a fauna extinta destas montanhas, a cabra selvagem, e por isso de evidente antiguidade. Jurzais, sem dúvida alusivo à cultura antiga da cevada, arcaico "orjo". Campelo e Passô importam ser índices de medievismo.
S. Silvestre é um hagiotopónimo notável e antigo.
Interessante é também o nome do lugar e antiga freguesia de Chapinheira. O topónimo Várzea, finalmente, é notável por ter denominado esta freguesia até tempos recentes (ainda nos finais do século XIX se chamava Várzea de Góis).
A antiguidade abonada, de certo modo indesmentivelmente, pela toponímia, cuja observação postula e dos habitantes, não está de acordo com o despovoamento alegado para a vizinha freguesia de Góis pelos linhagistas medievos ao falarem do célebre D. Anião da Estrada, D. Anião ou Anaia, que é o rico-homem teresiano-afonsino Anaia Vestruariz, a quem foi doada Góis; mas é natural a aceitação de um despovoamento, não total mas bastante acentuado, desde Góis a esta freguesia, muito longe ainda, evidentemente, de como tal ser instituída.
Em todo o caso, o culto local a S. Pedro deve considerar-se muito remoto, existindo já a paróquia de S. Pedro da Várzea, ao que parece, do século XIII para o século XIV, mercê do repovoamento operado nos primeiros tempos da nacionalidade a que a toponímia faz algumas alusões mais ou menos evidentes: Campelo, Jurzais, Vale de Egas, Carapinhal, Cerejeira, Monteira, etc., para só se citarem alguns casos que parecem bem expressivos sem particular explicação (a não ser Cerejeira, que pode vir de "Cerzeira", arcaico).
A freguesia de Chapinheira foi extinta pelos meados do século XVIII e reunida à de Várzea (de que, por certo, já se havia anteriormente desmembrado), de modo que a freguesia foi muito tempo denominada "Várzea de Góis e Chapinheira".
A Igreja de S. Pedro era da apresentação dos condes de Vila Nova de Portimão (marqueses de Abrantes, depois), que nomeavam o vigário, com uns 60 mil réis de renda anual, do século XVIII para o século XIX. O tempo, pela sua incapacidade e antiguidade, foi restaurado em 1881, pelo povo, com a participação do estado, que recorreu, para isso, ao "cofre das bulas".
Administrativa e senhorialmente, a freguesia de Vila Nova do Ceira parece ter sido sempre sujeita a Góis.
Orago: S. Pedro.
População: 1074 habitantes.
Actividades económicas: Exploração florestal e transformação de madeira, agro-pecuária, pequeno comércio e cerâmica.
Feira Mensal: 3º Domingo.
Festas e Romarias:
- Santo António (13 de Junho)
- Nossa Senhora da Candosa (15 de Agosto)
- Rainha Santa (Agosto) e Santa Bárbara (finais de Agosto)
Património cultural e edificado:
Igreja Matriz e Capela do Mártir S. Sebastião.
Outros locais de interesse turístico:
Cerro da Nossa Senhora da Candosa.
Gastronomia:
Chouriço, morcelas, chanfana e bolo da Várzea.
Artesanato:
Mantas de trapos.
Junta de Freguesia de Vila Nova Ceira
Várzea Grande
3330 VILA NOVA CEIRA
Tel: 235 771 215
Mail: fvnceira@sapo.pt
Horário:
9:00 - 12:30 e das 14:00 - 17:30
De 2ª a 6ªFeira
in www.cm-gois.pt
É distribuída por: Várzea Grande, Várzea Pequena, Inviando, Murtinheira, Monteira, Sacões, Carapinhal, Juncal, Telhada, Campelo, Passô, Linteiro, Casal da Ribeira, Terras, Picarotos, Covas do Barro, Chão dos Santos, Cabril, Topa, Chapinheira, Cerejal, Formiga, Vergada, Bolsas, Cruzinhas, Oliveirinhas, Vale de Oleiros, Val de Egas, Caracol, Rojão, Fonte de Soito, Santo Velho e Farroiba.
Sobre o passado remoto de Vila Nova do Ceira, nomeadamente os seus primeiros séculos - como acontece, de resto com todas as freguesias do concelho de Góis -, devido à própria situação num território que carece talvez em absoluto de documentação anterior à nacionalidade ou ao século XII, nada se pode afirmar com rigor histórico. De acordo com a "Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira", apenas "a toponímia poderia dar alguma elucidação sobre a antiguidade de povoamento local, mas acresce àquela circunstância negativa a não menos negativa do topo-onomástico local, apesar de abundante e de se tratar de localidade populosa.
No entanto, há algumas espécies toponímicas que, sem se poderem afirmar, positivamente, anteriores à nacionalidade, lançam a possibilidade de certo povoamento pré-nacional que só um documento negativo, que não deve existir, pode invalidar."
Assim o nome de lugar Inviando, que é precisamente a forma romance do nome pessoal medievo, muito usado antes do século XII, "Invenandu(s)". Sacões e Rojão poderão ter origem gernâmica, muito anterior à nacionalidade. Telhada deverá ter sentido arqueológico, aludindo a um arcaico forno de telha ou local onde apareciam telhas; Vale de Oleiros contém no seu segundo termo a possibilidade manifesta desse facto. Cabril, topónimo referente a fauna extinta destas montanhas, a cabra selvagem, e por isso de evidente antiguidade. Jurzais, sem dúvida alusivo à cultura antiga da cevada, arcaico "orjo". Campelo e Passô importam ser índices de medievismo.
S. Silvestre é um hagiotopónimo notável e antigo.
Interessante é também o nome do lugar e antiga freguesia de Chapinheira. O topónimo Várzea, finalmente, é notável por ter denominado esta freguesia até tempos recentes (ainda nos finais do século XIX se chamava Várzea de Góis).
A antiguidade abonada, de certo modo indesmentivelmente, pela toponímia, cuja observação postula e dos habitantes, não está de acordo com o despovoamento alegado para a vizinha freguesia de Góis pelos linhagistas medievos ao falarem do célebre D. Anião da Estrada, D. Anião ou Anaia, que é o rico-homem teresiano-afonsino Anaia Vestruariz, a quem foi doada Góis; mas é natural a aceitação de um despovoamento, não total mas bastante acentuado, desde Góis a esta freguesia, muito longe ainda, evidentemente, de como tal ser instituída.
Em todo o caso, o culto local a S. Pedro deve considerar-se muito remoto, existindo já a paróquia de S. Pedro da Várzea, ao que parece, do século XIII para o século XIV, mercê do repovoamento operado nos primeiros tempos da nacionalidade a que a toponímia faz algumas alusões mais ou menos evidentes: Campelo, Jurzais, Vale de Egas, Carapinhal, Cerejeira, Monteira, etc., para só se citarem alguns casos que parecem bem expressivos sem particular explicação (a não ser Cerejeira, que pode vir de "Cerzeira", arcaico).
A freguesia de Chapinheira foi extinta pelos meados do século XVIII e reunida à de Várzea (de que, por certo, já se havia anteriormente desmembrado), de modo que a freguesia foi muito tempo denominada "Várzea de Góis e Chapinheira".
A Igreja de S. Pedro era da apresentação dos condes de Vila Nova de Portimão (marqueses de Abrantes, depois), que nomeavam o vigário, com uns 60 mil réis de renda anual, do século XVIII para o século XIX. O tempo, pela sua incapacidade e antiguidade, foi restaurado em 1881, pelo povo, com a participação do estado, que recorreu, para isso, ao "cofre das bulas".
Administrativa e senhorialmente, a freguesia de Vila Nova do Ceira parece ter sido sempre sujeita a Góis.
Orago: S. Pedro.
População: 1074 habitantes.
Actividades económicas: Exploração florestal e transformação de madeira, agro-pecuária, pequeno comércio e cerâmica.
Feira Mensal: 3º Domingo.
Festas e Romarias:
- Santo António (13 de Junho)
- Nossa Senhora da Candosa (15 de Agosto)
- Rainha Santa (Agosto) e Santa Bárbara (finais de Agosto)
Património cultural e edificado:
Igreja Matriz e Capela do Mártir S. Sebastião.
Outros locais de interesse turístico:
Cerro da Nossa Senhora da Candosa.
Gastronomia:
Chouriço, morcelas, chanfana e bolo da Várzea.
Artesanato:
Mantas de trapos.
Junta de Freguesia de Vila Nova Ceira
Várzea Grande
3330 VILA NOVA CEIRA
Tel: 235 771 215
Mail: fvnceira@sapo.pt
Horário:
9:00 - 12:30 e das 14:00 - 17:30
De 2ª a 6ªFeira
in www.cm-gois.pt
Etiquetas: fotografia, vila nova do ceira
1 Comments:
e a entrada do inviando? não é um bom local para desportos radicasi?
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