Canoagem
Desde sempre que o Homem tende a estabelecer-se junto à costa ou cursos de água. Consequentemente teve de desenvolver estruturas flutuantes para se poder deslocar, transportar mercadorias e beneficiar dos recursos do mar e dos rios. Cada civilização desenvolveu o seu tipo de embarcação, que se desenvolveram até aos dias de hoje, resultando nas mais variadas maneiras de flutuar sobre a água. Dos transatlânticos aos veleiros, lanchas e às pequenas embarcações de recreio, encontrámos ao longo dos tempos inúmeras maneiras de explorar esta fantástica capacidade.
Uma das resultantes da evolução das embarcações, foi um cativante desporto chamado canoagem. A sua origem como modalidade desportiva foi na Grã-bretanha, no século XIX. Foi um advogado escocês, John MacGregor, o primeiro a utilizar a canoa em percursos desportivos (rios e lagos europeus). Desenhou o seu próprio barco que baptizou de «Rob Roy» e realizou com ele várias expedições cujas memórias resumiu mais tarde no livro «Un millier de miles dans le canoe Rob Roy». MacGregor fundou, em 1886, o Royal Canoe Club. Foi em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, que a Canoagem se tornou oficialmente desporto Olímpico, com distâncias oficiais na Olímpiada de 500 e 1000 metros.
A canoagem utiliza dois tipos de embarcação: o kaiak - originários dos esquimós da Gronelândia, do Alasca e do Labrador -, embarcação individual ou para duas pessoas no máximo; e a canoa - com origem na América do Norte, que se desenvolveu a partir das canoas dos indígenas deste continente -, embarcação com um poço maior, com capacidade para duas ou mais pessoas. As maiores diferenças entre ambas são: a posição do remador, que vai de joelhos na canoa e sentado no kaiak; e o modo de propulsão - na canoa utiliza-se pagaias (tipo de remos para os leigos) simples e no kaiak pagaias duplas.
Diversos materiais foram já usados para construir este tipo de embarcação. Os esquimós faziam os seus kaiaks com uma estrutura de madeira e revestimento de pele de foca. Hoje, para sorte das focas, utiliza-se fibra de vidro, polietileno, carbono, kevlar, etc. A competição tem levado à busca de materiais cada vez mais leves e resistentes.
Para os iniciados, é preciso referir que a canoagem divide-se em duas grandes vertentes: a competição e o turismo e lazer. Actividades por todo o país são desenvolvidas por inúmeras empresas (como a Trans Serrano, em Góis) e pelo INATEL.
Ao contrário do que pode pensar, não é preciso uma especial preparação física para fazer canoagem. Qualquer um o pode fazer, adaptando os percursos e a dificuldade à sua condição física. É um desporto altamente saudável e, em pouco tempo, verá que consegue chegar cada vez mais longe.
As modalidades mais comuns da canoagem são: touring - pratica-se em barragens e os rios de leito largo, como o Tejo ou o Guadiana; sea kayak - pratica-se no mar, percorrendo a costa ou fazendo percursos com vagas; descida de rio (ou rafting) - pratica-se nos rios de águas bravas, como o Paiva, o Tâmega ou o Minho; rodeo - pratica-se no mar ou em rios de águas bravas, com o playboat.
Este desporto começou em Portugal nos anos 30, quando canoístas espanhóis fizeram a descida do rio Douro. Eles deixaram uma canoa na cidade do Porto e a partir daí começaram a aparecer entusiastas que desenvolveram a canoagem em Portugal até à criação da Federação Portuguesa de Canoagem, em 1979.
Os principais rios - com as melhores qualidades - para a prática da canoagem no nosso país são: o rio Minho, o Lima, Douro, Côa, Paiva, Vouga, Mondego, Alva, Ceira, Arunca, Zêzere, Tejo, Sado, Mira e o rio Guadiana.
Agora, como se inicia na canoagem?
Para começar, e antes de comprar o seu próprio kaiak, deve ter algumas experiências num barco alugado, ou disponibilizado numa escola de canoagem. Para já, porque é normalmente feito de uma material mais resistente, indicado para a falta de esperiência. Depois, porque servirá para descobrir o tipo de embarcação que melhor se adapta a si e ao seu nível. Bem, já adquiriu um kaiak, agora tem de escolher a pagaia. É uma escolha importante pois vai ter uma grande influência na sua segurança, conforto e performance. Existem vários materiais, como madeira, alumínio, fibra de vidro, plástico ou policarbono. A escolha deve ser influenciada pelo tipo de kaiak em que será utilizada, pela força e tamanho do seu braço e as condições em que a pretende utilizar. As de policarbono são as mais leves e confortáveis, mas também as mais dispendiosas.
Para além deste equipamento, precisa de um fato de banho e uma camisola térmica e, para sua segurança, um colete salva-vidas. Como conselho, leve uma toalha e outra roupa. É que é bastante provável, ou melhor, possível, que o kaiak se vire e tome um banho. Mas não se preocupe, de certeza que vai praticar muito, ficar de cabeça para baixo dentro de água, antes de atacar as «águas selvagens». Esta situação treina-se preferencialmente numa piscina. Não é difícil sair de um kaiak virado e, depois de alguma experiência, conseguirá colocar o kaiak na sua posição original sem sair dele.
Outra dificuldade, normal para qualquer principiante, é conseguir manter o seu barco na direcção pretendida, ou seja, a direito. Mas não se preocupe que a aprendizagem é bastante rápida, e depressa terá segurança em cada «remadela».
Um último conselho, não pratique canoagem desacompanhado. Existem mil situações imprevistas que o podem deixar em dificuldades, obstáculos imperceptíveis, acidentes, enfim, o melhor é mesmo não andar sozinho. Para já que perde a piada, Apesar de no início da aprendizagem haver normalmente um barco de apoio, não se deixe depois levar pela ilusão da experiência e sabedoria.
Se está convencido, contacte uma das empresas que lhe podem proporcionar esta experiência e de certeza que se vai divertir.
in 365 Dias
Uma das resultantes da evolução das embarcações, foi um cativante desporto chamado canoagem. A sua origem como modalidade desportiva foi na Grã-bretanha, no século XIX. Foi um advogado escocês, John MacGregor, o primeiro a utilizar a canoa em percursos desportivos (rios e lagos europeus). Desenhou o seu próprio barco que baptizou de «Rob Roy» e realizou com ele várias expedições cujas memórias resumiu mais tarde no livro «Un millier de miles dans le canoe Rob Roy». MacGregor fundou, em 1886, o Royal Canoe Club. Foi em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, que a Canoagem se tornou oficialmente desporto Olímpico, com distâncias oficiais na Olímpiada de 500 e 1000 metros.
A canoagem utiliza dois tipos de embarcação: o kaiak - originários dos esquimós da Gronelândia, do Alasca e do Labrador -, embarcação individual ou para duas pessoas no máximo; e a canoa - com origem na América do Norte, que se desenvolveu a partir das canoas dos indígenas deste continente -, embarcação com um poço maior, com capacidade para duas ou mais pessoas. As maiores diferenças entre ambas são: a posição do remador, que vai de joelhos na canoa e sentado no kaiak; e o modo de propulsão - na canoa utiliza-se pagaias (tipo de remos para os leigos) simples e no kaiak pagaias duplas.
Diversos materiais foram já usados para construir este tipo de embarcação. Os esquimós faziam os seus kaiaks com uma estrutura de madeira e revestimento de pele de foca. Hoje, para sorte das focas, utiliza-se fibra de vidro, polietileno, carbono, kevlar, etc. A competição tem levado à busca de materiais cada vez mais leves e resistentes.
Para os iniciados, é preciso referir que a canoagem divide-se em duas grandes vertentes: a competição e o turismo e lazer. Actividades por todo o país são desenvolvidas por inúmeras empresas (como a Trans Serrano, em Góis) e pelo INATEL.
Ao contrário do que pode pensar, não é preciso uma especial preparação física para fazer canoagem. Qualquer um o pode fazer, adaptando os percursos e a dificuldade à sua condição física. É um desporto altamente saudável e, em pouco tempo, verá que consegue chegar cada vez mais longe.
As modalidades mais comuns da canoagem são: touring - pratica-se em barragens e os rios de leito largo, como o Tejo ou o Guadiana; sea kayak - pratica-se no mar, percorrendo a costa ou fazendo percursos com vagas; descida de rio (ou rafting) - pratica-se nos rios de águas bravas, como o Paiva, o Tâmega ou o Minho; rodeo - pratica-se no mar ou em rios de águas bravas, com o playboat.
Este desporto começou em Portugal nos anos 30, quando canoístas espanhóis fizeram a descida do rio Douro. Eles deixaram uma canoa na cidade do Porto e a partir daí começaram a aparecer entusiastas que desenvolveram a canoagem em Portugal até à criação da Federação Portuguesa de Canoagem, em 1979.
Os principais rios - com as melhores qualidades - para a prática da canoagem no nosso país são: o rio Minho, o Lima, Douro, Côa, Paiva, Vouga, Mondego, Alva, Ceira, Arunca, Zêzere, Tejo, Sado, Mira e o rio Guadiana.
Agora, como se inicia na canoagem?
Para começar, e antes de comprar o seu próprio kaiak, deve ter algumas experiências num barco alugado, ou disponibilizado numa escola de canoagem. Para já, porque é normalmente feito de uma material mais resistente, indicado para a falta de esperiência. Depois, porque servirá para descobrir o tipo de embarcação que melhor se adapta a si e ao seu nível. Bem, já adquiriu um kaiak, agora tem de escolher a pagaia. É uma escolha importante pois vai ter uma grande influência na sua segurança, conforto e performance. Existem vários materiais, como madeira, alumínio, fibra de vidro, plástico ou policarbono. A escolha deve ser influenciada pelo tipo de kaiak em que será utilizada, pela força e tamanho do seu braço e as condições em que a pretende utilizar. As de policarbono são as mais leves e confortáveis, mas também as mais dispendiosas.
Para além deste equipamento, precisa de um fato de banho e uma camisola térmica e, para sua segurança, um colete salva-vidas. Como conselho, leve uma toalha e outra roupa. É que é bastante provável, ou melhor, possível, que o kaiak se vire e tome um banho. Mas não se preocupe, de certeza que vai praticar muito, ficar de cabeça para baixo dentro de água, antes de atacar as «águas selvagens». Esta situação treina-se preferencialmente numa piscina. Não é difícil sair de um kaiak virado e, depois de alguma experiência, conseguirá colocar o kaiak na sua posição original sem sair dele.
Outra dificuldade, normal para qualquer principiante, é conseguir manter o seu barco na direcção pretendida, ou seja, a direito. Mas não se preocupe que a aprendizagem é bastante rápida, e depressa terá segurança em cada «remadela».
Um último conselho, não pratique canoagem desacompanhado. Existem mil situações imprevistas que o podem deixar em dificuldades, obstáculos imperceptíveis, acidentes, enfim, o melhor é mesmo não andar sozinho. Para já que perde a piada, Apesar de no início da aprendizagem haver normalmente um barco de apoio, não se deixe depois levar pela ilusão da experiência e sabedoria.
Se está convencido, contacte uma das empresas que lhe podem proporcionar esta experiência e de certeza que se vai divertir.
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