sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Produtores florestais optimistas quanto à erradicação do nemátodo

Duas organizações de produtores florestais do Centro mostraram-se hoje optimistas quanto à possibilidade de erradicar o nemátodo dos pinhais, mas a associação CAULE defende um «reforço dos apoios» do Estado às associações para o efeito

Em declarações à agência Lusa, José Vasco Campos, presidente da CAULE - Associação Florestal da Beira Serra, começou por realçar a importância de o Governo, através de protocolos assinados em 2008, «ter feito um pagamento adiantado às associações».
No entanto, sublinhou, houve associações que tiveram taxas de execução superiores a outras.
«Na Região Centro, a CAULE foi a associação que marcou mais árvores», afirmou José Vasco Campos.
No território coberto por 36 organizações de produtores, «40 por cento dos pinheiros bravos» suspeitos de contaminação por nemátodo foram sinalizados pela associação com sede em Tábua.
«É preciso que os responsáveis reforcem agora as verbas para que o trabalho possa continuar», referiu, indicando que, apesar do «balanço positivo» que faz da intervenção da CAULE, «as árvores vão continuar a morrer», o que exige a manutenção das medidas profilácticas.
Esta associação recebeu do Governo, em 2008, 357 mil euros para «trabalhos de marcação, corte de árvores e erradicação do nemátodo».
A CAULE congrega 6.500 pequenos produtores florestais dos concelhos de Tábua, Oliveira do Hospital, Arganil, Penacova, Santa Comba Dão e Seia, nos distritos de Coimbra, Viseu e Guarda.
«O nosso trabalho não foi completado, pois não houve tempo, nem as verbas foram suficientes», acrescentou.
Por seu turno, o presidente Associação de Produtores Florestais do Concelho de Arganil (APFCA), Rui Dinis, entende que «não deve haver um excesso de optimismo» no combate ao nemátodo.
«Não vamos ser pessimistas, dizendo que isto é tudo para abater, mas ainda iremos conviver alguns anos com esta praga», advertiu Rui Dinis.
No concelho de Arganil, a APFCA confirmou uma maior contaminação pelo nemátodo dos pinhais em Sarzedo, apesar de também existirem árvores doentes noutras freguesias.
Na freguesia da Lousã, a praga não teve a extensão que se julgou na Primavera de 2008.
Segundo António Marçal, presidente da Junta da Lousã, que gere os baldios de Vale de Neira e Alfocheira, «esta acabou por ser a zona menos afectada» no distrito de Coimbra.
Com o processo de certificação da madeira de pinho em curso para três hectares de floresta em Vale de Neira, foram efectuados alguns cortes e «as análises confirmaram que não havia qualquer árvore doente», disse o autarca.
in http://sol.sapo.pt

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E VIVA O POVO LIVRE!!!
Voltei de férias. Eh Eh Eh.

26 setembro, 2009 12:39  

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