Folhas Soltas de Cadafaz
Sei que nem sempre são de agrado alguns dos apontamentos que envio para a nossa imprensa regional. Mas é graças ao seu louvável trabalho que se mantém o elo de ligação entre muitos dos nossos conterrâneos que ainda se interessam pela sua aldeia e até, por vezes, que a voz dos residentes seja ouvida pelos nossos representantes, sem o qual seria ainda maior o nosso isolamento e esquecimento.
Das notícias a que hoje me irei referir, a primeira será acerca de dois encontros da comunidade desta povoação em Agosto, e que muito nos sensibilizaram, isto porque os mesmos tiveram lugar na Casa de Convívio de Cadafaz, contrariando ainda a sua "morte anunciada" da sua transformação em garagem. Não está em causa ser mais um almoço ou lache ou até o menu, porque nem só do pão vive o Homem, está sim em causa a feliz iniciativa que alguém teve de nos juntarmos de novo num edifício com história, recordações e muito esforço humano e monetário.
Aliás também não basta a apologia das origens em lautos banquentes. Antes pelo contrário, é no cenário real das aldeias convivendo com os poucos habitantes que vão resistindo às confusões do quotidiano, carentes de companhia e amizade que essas origens devem ser demonstradas com reconhecimento de quem afinal nos ensinou a saber saborear "uma sardinha em cima de um naco de pão".
Mas... o desapontamento continua ao verificar-se ao que se passa em referência ao mesmo imóvel, da parte das Entidades representantes desta comunidade os quais beneficiam de bens provenientes desta mesma povoação. Se por modo tendencioso, é injusto. Se, por desatenção, pior ainda, porque o seu aspecto é visível - falta de conservação, reparação de janelas sem vidros, por vezes abertas para acesso aos w.c.
Também a falta de bancos e demais equipamentos obtido através de ofertas ou peditórios por todos nós, quando ainda funcionava o Rancho Folclórico, julgando-se que o mesmo seria para uso da comunidade quando necessário por danos ou extravios. Segundo constava em Inventário do ano de 2002 era vasto e valioso o património. Oxalá ele esteja em boa vigilância que não se perca ou vá parar a locais que nada têm a ver com a sede de Freguesia.
Aliás já em tempo se falou na aquisição de casa para um museu (hoje até se dispõe de dependências sem utilidade que poderiam ter essa função tal como uma mini-biblioteca). Julgo que se os cadafazenses quiserem, em colaboração com a nossa juventude, serão capazes de ainda fazer alguma coisa pela nossa povoação.
Resta-nos implorar um pouco mais de proficiência no que se começa e não acaba, no que se faz e nada serve, no que se gasta em prol de quê... de quêm? Quando afinal o prioritário era tão pouco, fazer o necessário, útil e conservar o que encontraram ou que já fizeram e tem préstimo. Para que os residentes, familiares e visitantes de férias possam encontrar algo que os entusiasme a voltar. Além disso a nossa juventude tem todo o direito de conhecer e usufruir o que os seus antecessores ajudaram a edificar dando-lhes esperança para a sua continuidade.
E como a Esperança é a força da vida, nós continuamos a esperar pela boa ponderação de quem de direito-
Por último, e como segunda notícia, é o meu agradecimento à Junta de Freguesia de Cadafaz o ter solucionado a situação a que me referi no Jornal de Arganil de 31 de Julho. Porque se reclamar é um direito, o agradecimento é um dever.
A. Silva
in Jornal de Arganil, de 4/09/2008
Das notícias a que hoje me irei referir, a primeira será acerca de dois encontros da comunidade desta povoação em Agosto, e que muito nos sensibilizaram, isto porque os mesmos tiveram lugar na Casa de Convívio de Cadafaz, contrariando ainda a sua "morte anunciada" da sua transformação em garagem. Não está em causa ser mais um almoço ou lache ou até o menu, porque nem só do pão vive o Homem, está sim em causa a feliz iniciativa que alguém teve de nos juntarmos de novo num edifício com história, recordações e muito esforço humano e monetário.
Aliás também não basta a apologia das origens em lautos banquentes. Antes pelo contrário, é no cenário real das aldeias convivendo com os poucos habitantes que vão resistindo às confusões do quotidiano, carentes de companhia e amizade que essas origens devem ser demonstradas com reconhecimento de quem afinal nos ensinou a saber saborear "uma sardinha em cima de um naco de pão".
Mas... o desapontamento continua ao verificar-se ao que se passa em referência ao mesmo imóvel, da parte das Entidades representantes desta comunidade os quais beneficiam de bens provenientes desta mesma povoação. Se por modo tendencioso, é injusto. Se, por desatenção, pior ainda, porque o seu aspecto é visível - falta de conservação, reparação de janelas sem vidros, por vezes abertas para acesso aos w.c.
Também a falta de bancos e demais equipamentos obtido através de ofertas ou peditórios por todos nós, quando ainda funcionava o Rancho Folclórico, julgando-se que o mesmo seria para uso da comunidade quando necessário por danos ou extravios. Segundo constava em Inventário do ano de 2002 era vasto e valioso o património. Oxalá ele esteja em boa vigilância que não se perca ou vá parar a locais que nada têm a ver com a sede de Freguesia.
Aliás já em tempo se falou na aquisição de casa para um museu (hoje até se dispõe de dependências sem utilidade que poderiam ter essa função tal como uma mini-biblioteca). Julgo que se os cadafazenses quiserem, em colaboração com a nossa juventude, serão capazes de ainda fazer alguma coisa pela nossa povoação.
Resta-nos implorar um pouco mais de proficiência no que se começa e não acaba, no que se faz e nada serve, no que se gasta em prol de quê... de quêm? Quando afinal o prioritário era tão pouco, fazer o necessário, útil e conservar o que encontraram ou que já fizeram e tem préstimo. Para que os residentes, familiares e visitantes de férias possam encontrar algo que os entusiasme a voltar. Além disso a nossa juventude tem todo o direito de conhecer e usufruir o que os seus antecessores ajudaram a edificar dando-lhes esperança para a sua continuidade.
E como a Esperança é a força da vida, nós continuamos a esperar pela boa ponderação de quem de direito-
Por último, e como segunda notícia, é o meu agradecimento à Junta de Freguesia de Cadafaz o ter solucionado a situação a que me referi no Jornal de Arganil de 31 de Julho. Porque se reclamar é um direito, o agradecimento é um dever.
A. Silva
in Jornal de Arganil, de 4/09/2008
Etiquetas: cadafaz
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