Destaparam o Complexo da Candosa
Não podemos deixar de nos manifestar perante o artigo, publicado no último O VARZEENSE com o título de "Destaparam o (In)complexo da Candosa" e, contribuir para esclarecer a população, dado termos sido intervenientes no processo a que o mesmo se refere. Contributo que o artigo sem esta resposta não poderá alcançar.
É evidente que este jornalismo, ou artigos de opinião, baseados em impressões ou de suposições feito, continua a proliferar no nosso meio, embora com reduzida expressão. Pena é que quem se preocupa com a “coisa pública” não credibilize o seu discurso com dados concretos. De facto o seu autor ou está mal informado, ou desconhece o que efectivamente se passou com a construção do Conjunto Turístico da Candosa.
O CONJUNTO TURÍSTICO DA CANDOSA nasceu na sequência de uma oportunidade igual a tantas outras que a Comunidade Europeia tem oferecido a Portugal.
Foi a Assembleia de Freguesia de Vila Nova do Ceira, em 1992, que apreciou a possibilidade de elaboração de uma candidatura ao programa "Leader" para financiar um empreendimento turístico na Candosa. Era um tempo em que não se podia usar, nem estar com tranquilidade, quer o rio Ceira (por estar poluído, porque havia uma exploração de areias em Góis); quer no Adro da Igreja (devido a uma exploração de suinicultura, como é de muita gente conhecido). para tomar banho porque havia um problema qualquer com uma exploração de areias
A candidatura ao programa "Leader" é apresentada nesse mesmo ano, pelo presidente da Junta, Mário Garcia, depois de obtida a concordância da Junta e da Assembleia de Freguesia.
A equipa projectista escolhida e aconselhada pela Acibeira para a elaboração do projecto (entidade, ao tempo, gestora do programa Leader), tinha a seguinte composição:
- Arquitectos: Paulo Jorge Pereira da Fonseca e Joaquim Armindo Tavares dos Santos;
- Arquitecto paisagista: Rui Campino Nascimento;
- Engenheiros de estruturas, de redes de água e esgotos: José Manuel Macedo Abrantes, Pedro Augusto Quaresma Albano, e João José Marques Vieira Gomes;
- Eng. de Electricidade e telefones: Virgílio Parreiral Toscano
- Eng. de Instalações mecânicas: Carlos Augusto Antunes Costa Pires.
Como se pode ver era uma grande equipa com a missão de projectar um empreendimento turístico para aquele espaço.
O projecto foi elaborado e, entretanto, decorreram eleições autárquicas, tendo ficado como presidente da Junta de Freguesia o saudoso Eng. Saúl Santos.
Todos sabíamos os riscos que tal empreendimento poderia envolver, tanto na sua construção como na própria exploração (veja-se a Acta da Assembleia de Freguesia de 26/12/1992). Mas num espírito de grande empreendedorismo o Eng. Saúl dispôs-se a arrancar com o concurso público para a construção do empreendimento e, na altura, faz mais... assumiu ele próprio a direcção técnica da obra (sem qualquer contrapartida financeira, por ser Presidente da Junta).
Aquela obra custou à volta de 50.000 contos, tendo a Comunidade Europeia financiado com perto de 30.000 contos.
O Eng. Saúl merece toda a mossa consideração pela coragem demonstrada ao assumir esta construção, nunca tendo evidenciado qualquer interesse em “protagonismos”. O que ele ganhou foi trabalho, muito trabalho, muitíssimo trabalho, sem a justa recompensa.
Também convém salientar que a freguesia de Vila Nova do Ceira não gastou nenhum dinheiro nesta obra... fez, isso sim um bom investimento (sem se endividar): construiu 6 casas com cerca de 60 m2 de área cada, compostas por um quarto, uma sala com lareira, casa de banho e cozinha; um bar restaurante com cave e 1º andar e uma piscina.
Tanto as casas como o restaurante possuem inscrição individualizada, na conservatória de Góis: são sete números de registo diferentes.
Parece ser ainda hoje um bom investimento. Em qualquer altura que a Junta queira desfazer-se dele pode vende-lo todo ou em partes. Eu sei que há gente interessada em adquirir algumas daquelas casitas.
Mas também acho que ninguém quer que tal aconteça, por necessidade da Junta. Cremos que os Varzeenses querem, isso sim, um bom conjunto turístico a funcionar bem, com um serviço que honre aquele local privilegiado de Vila Nova do Ceira
Agora, lamentamos, como tanta gente deve lamentar que, que apesar do Verão se estar a aproximar aquele empreendimento continue a clamar por ser desfrutado.
Os Goienses empreendedores devem ser louvados pela sua ousadia e pelo esforço que colocam nos projectos que promovem. É verdade que muitas vezes falham, mas é nesta dialéctica de tentativas e erros que se constrói o desenvolvimento.
A construção do Conjunto Turístico da Candosa foi uma tentativa bem sucedida. Contudo, também é verdade que a sua exploração não tem corrido bem. Esperamos, como muita boa gente espera, que a Junta de Freguesia acerte com no parceiro que escolher desta vez.
Mário Garcia
in O Varzeense, de 15/05/2008
É evidente que este jornalismo, ou artigos de opinião, baseados em impressões ou de suposições feito, continua a proliferar no nosso meio, embora com reduzida expressão. Pena é que quem se preocupa com a “coisa pública” não credibilize o seu discurso com dados concretos. De facto o seu autor ou está mal informado, ou desconhece o que efectivamente se passou com a construção do Conjunto Turístico da Candosa.
O CONJUNTO TURÍSTICO DA CANDOSA nasceu na sequência de uma oportunidade igual a tantas outras que a Comunidade Europeia tem oferecido a Portugal.
Foi a Assembleia de Freguesia de Vila Nova do Ceira, em 1992, que apreciou a possibilidade de elaboração de uma candidatura ao programa "Leader" para financiar um empreendimento turístico na Candosa. Era um tempo em que não se podia usar, nem estar com tranquilidade, quer o rio Ceira (por estar poluído, porque havia uma exploração de areias em Góis); quer no Adro da Igreja (devido a uma exploração de suinicultura, como é de muita gente conhecido). para tomar banho porque havia um problema qualquer com uma exploração de areias
A candidatura ao programa "Leader" é apresentada nesse mesmo ano, pelo presidente da Junta, Mário Garcia, depois de obtida a concordância da Junta e da Assembleia de Freguesia.
A equipa projectista escolhida e aconselhada pela Acibeira para a elaboração do projecto (entidade, ao tempo, gestora do programa Leader), tinha a seguinte composição:
- Arquitectos: Paulo Jorge Pereira da Fonseca e Joaquim Armindo Tavares dos Santos;
- Arquitecto paisagista: Rui Campino Nascimento;
- Engenheiros de estruturas, de redes de água e esgotos: José Manuel Macedo Abrantes, Pedro Augusto Quaresma Albano, e João José Marques Vieira Gomes;
- Eng. de Electricidade e telefones: Virgílio Parreiral Toscano
- Eng. de Instalações mecânicas: Carlos Augusto Antunes Costa Pires.
Como se pode ver era uma grande equipa com a missão de projectar um empreendimento turístico para aquele espaço.
O projecto foi elaborado e, entretanto, decorreram eleições autárquicas, tendo ficado como presidente da Junta de Freguesia o saudoso Eng. Saúl Santos.
Todos sabíamos os riscos que tal empreendimento poderia envolver, tanto na sua construção como na própria exploração (veja-se a Acta da Assembleia de Freguesia de 26/12/1992). Mas num espírito de grande empreendedorismo o Eng. Saúl dispôs-se a arrancar com o concurso público para a construção do empreendimento e, na altura, faz mais... assumiu ele próprio a direcção técnica da obra (sem qualquer contrapartida financeira, por ser Presidente da Junta).
Aquela obra custou à volta de 50.000 contos, tendo a Comunidade Europeia financiado com perto de 30.000 contos.
O Eng. Saúl merece toda a mossa consideração pela coragem demonstrada ao assumir esta construção, nunca tendo evidenciado qualquer interesse em “protagonismos”. O que ele ganhou foi trabalho, muito trabalho, muitíssimo trabalho, sem a justa recompensa.
Também convém salientar que a freguesia de Vila Nova do Ceira não gastou nenhum dinheiro nesta obra... fez, isso sim um bom investimento (sem se endividar): construiu 6 casas com cerca de 60 m2 de área cada, compostas por um quarto, uma sala com lareira, casa de banho e cozinha; um bar restaurante com cave e 1º andar e uma piscina.
Tanto as casas como o restaurante possuem inscrição individualizada, na conservatória de Góis: são sete números de registo diferentes.
Parece ser ainda hoje um bom investimento. Em qualquer altura que a Junta queira desfazer-se dele pode vende-lo todo ou em partes. Eu sei que há gente interessada em adquirir algumas daquelas casitas.
Mas também acho que ninguém quer que tal aconteça, por necessidade da Junta. Cremos que os Varzeenses querem, isso sim, um bom conjunto turístico a funcionar bem, com um serviço que honre aquele local privilegiado de Vila Nova do Ceira
Agora, lamentamos, como tanta gente deve lamentar que, que apesar do Verão se estar a aproximar aquele empreendimento continue a clamar por ser desfrutado.
Os Goienses empreendedores devem ser louvados pela sua ousadia e pelo esforço que colocam nos projectos que promovem. É verdade que muitas vezes falham, mas é nesta dialéctica de tentativas e erros que se constrói o desenvolvimento.
A construção do Conjunto Turístico da Candosa foi uma tentativa bem sucedida. Contudo, também é verdade que a sua exploração não tem corrido bem. Esperamos, como muita boa gente espera, que a Junta de Freguesia acerte com no parceiro que escolher desta vez.
Mário Garcia
in O Varzeense, de 15/05/2008
Etiquetas: cerro da candosa
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