quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Telhada - Festa da Padroeira

Telhada é uma aldeia que não obstante se encontrar desertificada assim como outras vizinhas, a maioria dos seus filhos radicados noutras paragens, nomeadamente na capital, e alguns descendentes que estudaram nos livros dos seus progenitores, continuam a preservar a cultura tradicional alimentada por convicções de fé cristã.
Nesta perspectiva e conforme anos anteriores, os telhadenses promoveram e realizaram nos dias 1 e 2 do mês em curso, a festa em honra da padroeira e venerada Senhora da Boa Viagem, cuja missa foi celebrada pelo pároco da freguesia, padre Ramiro Moreira, que nesses dias comemorava as bodas de ouro sacerdotais e 25 anos a servir a paroquia de Alvares, efeméride a que a comunidade telhadense se associou com simpatia e apreço, por se tratar de uma figura como homem e padre, humilde, perseverante e dedicado aos paroquianos.
Foi à luz desses valores, que no dia 2, domingo foi celebrada na igreja matriz de Alvares, uma missa de acção de graças em sua honra pelo Bispo da Diocese de Coimbra, D. Albino Mamede Cleto. Apraz-nos registar que a nossa festa decorreu com ordem e muita alegria no cumprimento de um programa com ingredientes musicais e culturais que deleitaram os participantes.
A festa terminou na segunda-feira, com lauto almoço anual oferecido pela Liga de Melhoramentos local onde estiveram presentes o presidente da Junta de Freguesia de Alvares, dr. Victor Duarte e Amílcar Aleixo, pela Assembleia Municipal de Góis. No final usaram da palavra os presidentes da assembleia geral, Silvério Rosa e o presidente da direcção, Carlos Lopes Rosa, que depois de saudarem os presentes, dirigiram palavras de incentivo à união colectiva que caracteriza os telhadenses e os regionalistas, onde se inclui representantes de colectividades congéneres presentes, Manuel da Graça Alves, associado da colectividade em festa, também dirigiu palavras de relevo aos telhadenses e aos autarcas.
Por fim, falou o dr. Victor Duarte, dando conta da vontade que lhe assiste em servir as populações e atender tudo o que lhe seja pedido, mas também das precárias condições financeiras com que o concelho e o país se confrontam.
Seguiu-se o tradicional leilão, no qual todos deram o que naturalmente lhes restava, depois de outro bem animado dois dias antes a favor da capela.
R. L. A.
in A Comarca de Arganil, de 11/09/2007

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