Centros de Saúde, Extensões, Maternidades; Tribunais e Escolas do Ensino Básico do Interior

A comunicação social diz... «este Governo tem desenvolvido uma cruzada contra o interior do país»...
Começou por encerrar muitos serviços de urgências hospitalares, Centros de Saúde, Maternidades e Escolas. Agora prepara-se para encerrar Tribunais...
Quanto às escolas do ensino básico já mandou encerrar, em 2 anos, 1.100 das 2.200 só no centro do país e agora, diz: «devem encerrar mais 900 no próximo ano lectivo 2007-2008». Com esta política, dentro em breve, não haverá nenhuma escola no centro do país, no país profundo, a funcionar.
É da mais elementar justiça dizer que os nossos autarcas de Alvares e Góis, têm-se esforçado para que as escolas da freguesia de Alvares não encerrem.
Quando, há 25 anos vim para a freguesia de Alvares, só havia uma escola fechada, a de Simantorta. Depois foram fechando a de Mega Cimeira (1 sala), a de Amioso do Senhor (1 sala), a de Chã de Alvares (2 salas), a de Milreu (1 sala), a de Roda Cimeira (2 salas), a de Amieiros (1 sala), a de Cortes, encerrou 1 sala e a de Alvares encerrou também 1 sala.
A freguesia de Alvares em 1958 tinha 13 salas de aulas com 507 alunos assim distribuídos: Chã de Alvares, 106; Alvares, 75; Cortes, 74; Mega Cimeira, 61; Roda Cimeira, 56; Amioso do Senhor, 37; Simantorta, 25; Milreu, 38; e Amieiros, 35. Presentemente, ano lectivo 2006-2007, tem apenas 18 alunos; 10 em Cortes e 8 em Alvares. No próximo ano lectivo teremos 20 alunos.
O Centro Paroquial tem uma creche, um jardim infantil e um A.T.L., com uma educadora infantil e mais três funcionárias.
A carrinha da instituição vai, de segunda a sábado, buscar e levar as crianças, com duas trabalhadoras, três vezes da parte da manhã e três vezes da parte da tarde, fazendo cerca de 120 1uilómetros por dia e dá-lhes o almoço e lanche.
A carrinha da instituição e a dos Bombeiros, vão também buscar e levar aos seus lugares, as crianças que frequentam as duas escolas. Todas elas almoçam e lancham nos refeitórios dos Lares de S. Mateus e de Cortes.
Para que as cerca de 60 mães que trabalham na instituição não deixem a freguesia de Alvares o Centro Paroquial faz muitos sacrifícios. É necessário que todos, a principiar pelo poder político façam tudo o que seja possível, para suster esta desertificação galopante.
Padre Ramiro
in A Comarca de Arganil, de 1/05/2007